Let us go then, you and I
When the evening is spread out against the sky
Like a patient etherized upon a table
Quero de volta o meu direito ao tédio,
Créditos? Então que seja sob a forma de apatia,
Estirar-me, eu e tu, sobre uma esteira de vazio,
Eterizados como jacarés ardentes em leito de areia.
Ver o mundo brumo, sob o manto desta brisa rarefeita,
Torpar-se como se a existência fosse morna pausa;
Como se a inércia pudesse ser levada à séria causa
Das louças quietas de silêncios cristaleiros.
Ah! Mas que estrondo foi esse, logo, agora!
Redemoinhos arrebatando-me porta afora!
Que destino, este, de estar sempre em órbita
De um Planeta onde não há mais terra ignota.
Queria, por empatia, uma tulipa demi-sec,
Mas que antipatia! Nada vem sem jaça!
Até a cortesia se liquida numa praça;
Até o cotidiano se lavra em letra de contrato.
(poema de Luiz Martins da Silva, gentilmente cedido para publicação neste blog)
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