7.9.10

memories

O cheiro da tinta Parker
emprenhou-me de lembranças
avental branco pregueado
fita no cabelo lambido


Sonhava ter uma Sheaffer
ser dona do meu nariz
e quem sabe, até ser miss

Um comentário:

paulopaniago disse...

curiso como a memória se articula: para você, começa nos detalhes mundanos, a fita, a saia, a caneta, até chegar ao sonhos da infância. belo texto, minha amiga.